segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ética no futebol

Analise criticamente aspectos gerais da ética na participação das actividades físicas desportivas, relacionando os interesses sociais, económicos, políticos e outros com algumas das suas perversões. Nomeadamente: Corrupção versus verdade desportiva.

Antes, futebol era relação direta entre clubes e torcidas. A renda do estádio era a grande fonte de receita dos clubes. Hoje, o clube depende financeiramente de patrocinadores, redes de TV, dirigentes, empresários, políticos, governo etc. Antes, era pura paixão. Hoje, puro negócio. Antes, estádio era cheio e ingresso barato. Hoje, estádio fica cheio em jogos importantes, mas o ingresso é caro para os torcedores e gratuito para "os convidados especiais". Dessa forma, o torcedor paga dois ingressos e leva um, pois ele tem de pagar a quota da celebridade convidada que sequer sabe o nome dos jogadores em campo. Assim como o mercado financeiro, o narcotráfico e o agronegócio, o mundo "moderno" neoliberal inaugurou a profissionalização do futebol com a globalização das negociatas de jogadores em nível planetário. Essas mercadorias humanas, com seus talentos considerados supernaturais, permeiam o imaginário do povão, que sonha superar as injustiças sociais e dificuldades do dia-a-dia incorporando o desejo de tornar-se ídolo amado brevemente. E enquanto o povão sonha com o futuro que nunca chega, os talentosos jogadores transformaram-se em escravos da pós-modernidade - não têm liberdade, privacidade, sossego, e são controlados por seus "donos-empresários-gurus". Dessa maneira, o mundo moderno está matando a criatividade e as características regionais do futebol. Além do mais, dirigente de futebol vira político, que passa a ter poder na CBF, que transforma-se em banca de negócios que investe em "mercadorias futuras" com aplicações de risco na seleção brasileira. E para garantir a rentabilidade dos espetáculos, o mosaico se completa com a participação de empresários-atravessadores que oferecem "pacotes de felicidade" para cartolas, jogadores, redes de televisão, jornais, revistas, multinacionais e mega-investidores que, unidos, ajudam a "dourar a pílula nacional" e repassá-la ao exterior com lucros fabulosos.
Fonte:http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090525143219AA2AwsW

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